No Brasil, mais de 76 milhões de pessoas começaram 2025 endividadas, segundo a Serasa, e muitas delas pensam em pegar um empréstimo para quitar dívidas acumuladas. A ideia de trocar várias contas atrasadas por uma só parcela — muitas vezes com juros mais baixos — pode parecer a solução perfeita para sair do sufoco financeiro.
Mas será que essa estratégia sempre vale a pena? Antes de contratar um novo crédito, é fundamental entender o custo total da operação, comparar taxas e avaliar se o empréstimo cabe no orçamento sem criar um novo ciclo de dívidas.
Neste artigo, você vai descobrir quando faz sentido recorrer a essa opção, quais cuidados tomar e como analisar se pegar um empréstimo para pagar dívidas é o melhor caminho para sua saúde financeira.
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Posso fazer um empréstimo para pagar dívida?
Fazer um empréstimo para pagar dívida pode ser útil para consolidar débitos com juros altos, mas é essencial avaliar se as parcelas cabem no seu orçamento. Antes de optar por esse caminho, considere negociar com os credores ou buscar alternativas com juros mais baixos, como empréstimos consignados.
Se decidir seguir com o empréstimo, tenha um planejamento financeiro claro para garantir que as novas dívidas não se tornem um peso. O controle dos gastos e hábitos financeiros saudáveis são fundamentais para evitar o endividamento futuro.
Quando vale a pena pegar um empréstimo para pagar dívida?
Para o educador financeiro Alessandro Azzoni, vale sim pegar empréstimo para pagar dívidas, pois trocar dívidas caras, como cheque especial ou cartão de crédito, por um único empréstimo com juros menores é um bom negócio para quem quer limpar o nome, recuperar crédito e ter tranquilidade.
Medo e desinformação sobre empréstimo podem levar a pessoa endividada a fazer escolhas não muito inteligentes no momento em que as contas não fecham. Quando uma pessoa está endividada, muitas vezes, no desespero, o primeiro pensamento é se desfazer de bens, como automóveis e casas. Mas será que essa alternativa é mesmo uma boa ideia?
“Tudo depende do momento”, explica Azzoni. “Vai vender uma casa rapidamente? Não vende. Vai ter que ter um deságio muito grande, que é quando você deprecia muito seu bem só porque precisa do dinheiro. Portanto, nem sempre é uma oportunidade para se vender um bem, é necessário considerar o prazo de maturação da venda também”, explica.
Neste cenário, solicitar um empréstimo junto a uma instituição segura e tomar os devidos cuidados pode ser a melhor alternativa. “Não precisa ter medo do empréstimo. Muitas vezes o contrato assusta. Precisa ler direito, questionar, tirar todas as suas dúvidas, para que você possa firmar um contrato conscientemente”, diz o educador financeiro.

Quais cuidados tomar na hora de fazer um empréstimo?
Quem nunca pensou “preciso de dinheiro urgente para pagar dívidas” e aceitou a primeira opção que apareceu, que atire a primeira pedra, mas alguns cuidados devem ser tomados na hora de pegar um empréstimo para pagar dívida. Confira:
Taxa de juros efetiva x taxa de juros nominal
Antes de pegar um empréstimo, confira a taxa de juros efetiva, que é o custo real da operação. A taxa nominal costuma parecer mais baixa e serve para atrair clientes, mas pode esconder custos extras. Fique atento!
Por exemplo: no contrato pode aparecer uma taxa nominal de 1,5%, mas a efetiva está dando 2,35%. Por que isso acontece? Existem alguns custos embutidos no empréstimo. Descobrir exatamente o quanto será pago pela quantia emprestada só é possível analisando o Custo Efetivo Total (CET) da operação.
As taxas que compõem o CET podem variar conforme a instituição e, até mesmo, de acordo com o relacionamento entre as partes envolvidas. Confira abaixo quais custos o CET pode abranger:
Item |
Descrição |
Taxas de juros |
Percentual cobrado pelo empréstimo do dinheiro, que varia conforme o risco e o tipo de crédito. |
Taxas de análise de crédito |
Cobrança para avaliar seu histórico financeiro e capacidade de pagamento. |
TAC – Tarifa de Abertura de Cadastro |
Valor cobrado para análise e abertura de cadastro na instituição financeira. |
Taxas administrativas em geral |
Custos extras relacionados à gestão e operação do contrato de crédito. |
Seguros em geral |
Podem ser exigidos para proteger a operação, como seguro de vida ou desemprego. |
Tarifas em geral |
Custos diversos que podem aparecer no contrato, como emissão de boletos ou serviços adicionais. |
Tributos em geral (IOF) |
Imposto sobre Operações Financeiras, obrigatório em contratos de crédito. |
Por isso, é fundamental analisar o contrato como um todo e não considerar apenas a taxa anunciada. Se ao tomar 2000 reais emprestados a instituição cobrar 500 reais de taxa de análise de crédito, seu empréstimo já aumentou 5%. Fique atento.
Leia também: CET: o que é Custo Efetivo Total e como calcular
Valor da parcela não é parâmetro
Nunca faça um empréstimo baseado apenas no quanto você pode pagar mensalmente nas parcelas. É necessário multiplicar o valor da parcela pelos meses do contrato para saber quanto você estará pagando no total ao fim da dívida. Fazer essa conta contribui para o cliente verificar se as taxas aplicadas estão sendo abusivas ou se ele realmente está fazendo um bom negócio.
Análise à instituição financeira
Antigamente, apenas o banco tradicional emprestava dinheiro para os clientes. Hoje, uma série de instituições está apta a oferecer crédito de qualidade para as pessoas. Fintechs, bancos digitais, cooperativas de crédito são alguns dos novos players que estão atuando no mercado.
Portanto, pesquise muito bem a respeito da instituição financeira na qual você irá solicitar seu empréstimo para avaliar o posicionamento dela no mercado. Consultar sites como Reclame Aqui e Procon pode contribuir nessa avaliação.
Cuidado com fraudes
Pedir empréstimo online é seguro, desde que você tome precauções. Pesquise sobre a instituição e desconfie de e-mails ou mensagens suspeitas — se precisar, ligue para confirmar a autenticidade.
As transações são criptografadas, mas nunca forneça dados sem verificar a empresa. Instituições sérias consultam seu histórico antes de liberar crédito e não cobram taxas antecipadas, prática proibida pelo Banco Central. Além disso, toda empresa de empréstimo deve ter registro como pessoa jurídica.
Leia também: 5 dicas para não cair em fraudes na internet
Como conseguir um empréstimo para pagar dívidas?
Cheque especial e cartão de crédito não costumam ser boas opções para a pessoa que está endividada, já que costumam apresentar juros de mais de 300% ao ano. Por suas altas taxas de juros, são modalidades de crédito que acabam mais atrapalhando do que ajudando num momento de descompasso financeiro.
Empréstimo com garantia de imóvel e automóvel são opções interessantes. Assim como o consignado, por terem uma garantia de pagamento do crédito, são modalidades que possuem taxas mais competitivas.
Além disso, os prazos para o pagamento do empréstimo costumam ser maiores, uma vez que a instituição conta com o bem como garantia de quitação. Outro benefício é que o empréstimo com garantia pode conceder valores maiores de crédito, sendo uma ótima opção para quem precisa refinanciar dívidas caras.
Você pode fazer uma simulação agora mesmo do empréstimo com garantia na Creditas para estimar suas parcelas e taxas:

Veículo em garantia
De R$
5 mil a R$ 150 mil
Juros a partir de
1,49% ao mês
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Imóvel em garantia
De
R$ 50 mil a R$ 3 milhões
Juros a partir de
1,09% ao mês + IPCA
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Diante deste cenário, pode-se afirmar que vale a pena pegar um empréstimo para pagar dívida. É só escolher com cuidado a melhor modalidade que se encaixa no seu bolso e procurar uma instituição financeira idônea.
Tire suas dúvidas
Abaixo, você confere as respostas sobre as principais dúvidas relacionadas a empréstimo para pagar dívidas.
Vale a pena fazer um empréstimo para pagar dívidas se estiver negativado?
Outra situação comum é ter o nome negativado devido ao endividamento. No Brasil, a inadimplência continua alta: cerca de 72,89 milhões de pessoas estavam com contas em atraso em abril de 2025, segundo a Serasa Experian.
Se esse é o seu caso, pode valer a pena contratar um empréstimo para quitar dívidas e limpar o nome. A orientação dos especialistas é reunir todos os débitos e negociar condições à vista com bancos, financeiras e operadoras de cartão. É possível conseguir até 80% de desconto em acordos, o que torna o empréstimo uma boa solução.
Mas atenção: após regularizar seu nome, evite usar o crédito disponível para novas compras e se endividar novamente. Esse é o momento de revisar todas as despesas, cortar gastos desnecessários e incluir as parcelas do empréstimo no seu orçamento fixo, planejando suas finanças com mais cuidado.
Leia também: Descubra como conseguir empréstimo negativado.
Empréstimo consignado para pagar dívidas vale a pena?
Toda modalidade de crédito pode ser boa, desde que o cliente saiba utilizar corretamente aquele empréstimo de acordo com sua especificidade.
“Todo crédito é bom e todo crédito é ruim, vai depender da maneira como você usa”, diz o educador financeiro Alessandro Azzoni. “As modalidades de crédito são boas, estão lá para te ajudar, mas se você não souber usar, podem se tornar ferramentas vilãs para você”.
O empréstimo com desconto em folha de pagamento, o consignado, é uma modalidade de crédito pessoal concedida para trabalhadores (com algum tipo de vínculo empregatício com uma empresa, seja pública ou privada) e beneficiários da previdência social INSS.
Por ter o salário do colaborador como garantia do pagamento, possui as menores taxas de juros do mercado, sendo uma opção interessante para a pessoa que está pensando se vale a pena pegar um empréstimo para pagar dívida.
Segundo o Banco Central, em 2021, a taxa de juros do empréstimo consignado privado registrou 1,6% ao mês, o mesmo valor para o consignado público. Já a taxa do empréstimo pessoal foi de 7% ao mês.
Leia também: Empréstimo consignado: o que é e como calcular?
Empréstimo para pagar cartão de crédito vale a pena?
Fazer um empréstimo para pagar a dívida do cartão de crédito pode valer a pena, já que os juros do cartão são muito altos, passando de 400% ao ano. Trocar essa dívida cara por outra com juros menores ajuda a economizar e facilita quitar o débito à vista, o que pode render descontos com a operadora.
Mas é preciso cuidado. Antes de contratar, confira se as parcelas cabem no seu orçamento e compare o custo total do empréstimo. Sem controle, há o risco de contrair novas dívidas e agravar a situação financeira.
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