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Uma das linhas de crédito mais populares entre os brasileiros está entre os principais motivos do mau endividamento. Descubra o porquê e entenda como funciona o cheque especial
por Flávia Marques
Atualizado em 16 de agosto, 2023
Quer saber como funciona o cheque especial? Então você está no lugar certo. Nesta matéria, você encontra tudo que precisa saber para entender uma das linhas de crédito mais populares entre os brasileiros.
No Brasil, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mais da metade da população esteve inadimplente nos últimos anos. O cheque especial figura entre as principais causas deste endividamento.
Apesar de perigosa, essa modalidade ainda é uma das mais acessadas pela população, por conta da praticidade na contratação e facilidade de acesso. Por isso, muitas vezes o limite pré-aprovado - outro nome dado ao cheque especial - é utilizado para “completar a renda mensal” e continuar consumindo mesmo quando já não há saldo disponível na conta. Quando isso acontece, as dívidas podem virar uma bola de neve.
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Entender o funcionamento do cheque especial é importa para evitar o mau endividamento, então inicie sua jornada nesse universo conferindo os principais tópicos desta matéria:
O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada que o banco disponibiliza desde a abertura da sua conta corrente, mesmo sem você ter solicitado.
Ele não deixa de ser um tipo de empréstimo, embora o acesso não dependa de análises de crédito complexas. Normalmente, é utilizado como uma solução rápida para momentos de aperto ou de confusão com as finanças pessoais.
Vale lembrar que o cheque especial também é conhecido por outros nomes: limite pré-aprovado, LIS e cheque azul são alguns deles.
O cheque especial funciona como uma espécie de “empréstimo automático”. Quando o correntista utiliza todo o saldo da sua conta bancária, o banco empresta automaticamente um valor pré-aprovado para que ele possa continuar consumindo. E, como em qualquer empréstimo, há cobranças para o uso desse montante.
Se você tem 200 reais em sua conta corrente e paga um boleto de 250 reais, por exemplo, vai usar 50 reais do valor disponível do seu cheque especial. Essa quantia deverá ser devolvida com juros, assim que entrar algum dinheiro na conta.
Saber como funciona o cheque especial nos ajuda a entender porque ele é diferente das demais modalidades de empréstimo. Quando opta por essa modalidade, a pessoa não precisa solicitar crédito ou receber um contrato detalhado com todas as taxas e encargos financeiros cobrados - e, por ser mais automática, a contratação muitas vezes é feita sem planejamento.
O limite do cheque especial de cada cliente é determinado pelas instituições financeiras considerando informações básicas do cliente, sem análises tão complexas. Normalmente, leva-se em consideração apenas a renda mensal média movimentada na conta, o histórico de pagamentos com a instituição e tempo de abertura de conta. E esse é um dos motivos pelos quais essa modalidade de crédito tem as maiores taxas de juros do mercado.
Embora existam instituições financeiras que oferecem alguns dias para a utilização do cheque especial sem a cobrança de juros, após esse período as taxas podem chegar a mais de 213% ao ano.
Para fins comparativos, o empréstimo com garantia de imóvel da Creditas pode ficar em cerca de 11% ao ano – menos que 1% ao mês.
Veja o valor médio das principais taxas de juros, segundo dados divulgados pelo Banco Central:
Modalidade de crédito | Taxa de juros (ao ano) |
Cheque especial | 133% |
Rotativo do cartão de crédito | 428% |
Parcelamento do cartão de crédito | 175% |
Crédito pessoal | 120% |
Crédito consignado privado (Creditas) | 12,5% |
Empréstimo com garantia de veículo (Creditas) | 19,4% |
Empréstimo com garantia de imóvel (Creditas) | 12,5% |
Como o cliente entra automaticamente no cheque especial e o dinheiro também é liberado dessa forma, a instituição financeira não tem garantia nenhuma de que o valor será ressarcido. Quando isso ocorre existe uma menor confiança no pagamento e maiores serão as taxas de juros para o correntista.
Embora as taxas sejam acrescidas ao valor principal todo mês, a cobrança é realizada por dia, sob juros compostos. No primeiro dia de uso do cheque especial a taxa incide sobre o total inicial devido. No dia seguinte, ela recai sobre o valor inicial mais o juro do dia anterior e assim por diante. O resultado é um custo altíssimo para quem contrata.
É importante ressaltar que o modo como funciona o cheque especial nos bancos que não cobram juros nos primeiros dias de uso também sai mais caro. Isso porque assim que o limite pré-aprovado começa a ser usado, a instituição cobra o IOF (Imposto sobre Operação Financeira), uma taxa exigida pelo governo pela utilização do crédito.
Para saber mais sobre o tema, consulte nosso guia sobre como calcular a taxa de juros do cheque especial.
Inúmeros especialistas recomendam cautela ao contratar essa modalidade de crédito. A principal dica é sempre manter um bom planejamento financeiro para não precisar recorrer ao cheque especial ou entrar sem perceber.
Para evitar o pagamento de juros abusivos, tente, ao máximo, evitar o cheque especial. Em caso de emergência - e falta de reserva financeira - a principal recomendação é evitar o uso da modalidade antes que os juros comecem a rodar. Uma maneira de fazer isso é trocar as dívidas caras por opções de créditos com taxas mais baratas, como o empréstimo com garantia ou o empréstimo consignado, por exemplo.
Vale lembrar que muitas vezes as pessoas confundem esse limite pré-aprovado com saldo, já que os dois valores costumam aparecer no extrato bancário. No entanto, desde dezembro de 2018, o Banco Central (BC) determina que as instituições financeiras comuniquem de forma clara para os clientes onde termina o saldo e onde começa o cheque especial. De qualquer forma, conferir os extratos bancários pelo menos uma vez por semana ajuda a evitar surpresas.
Leia também: Como fugir do juros do cheque especial com empréstimo com garantia
Considerando o modo como funciona o cheque especial, é muito fácil contar com essa opção de crédito. Aliás, esse é um dos pontos que levam as pessoas a optarem pela modalidade. Para quitar a dívida, basta depositar o valor utilizado na conta corrente, o que evita que os juros aumentem.
O problema é quando essa dívida foge do controle e a pessoa se vê diante de uma quantia alta para pagar. Se você já está nessa situação, não se preocupe. Listamos quatro dicas para ajudar você a quitar essa dívida. Confira:
Se você precisou recorrer a esse tipo de crédito frequentemente nos últimos meses e está com dificuldades para quitar a dívida, uma saída é conversar com o seu gerente e tentar negociar a melhor forma de pagamento.
Em geral, as instituições costumam facilitar esse tipo de negociação, já que elas são as principais interessadas no pagamento da dívida. Mas, atenção: antes de negociar, é importante entender quanto do seu orçamento mensal pode ser comprometido com o pagamento dessa dívida. Com essa informação em mente, é possível fazer uma proposta ao banco que seja vantajosa para ambas as partes.
Leia também: Como renegociar dívidas: 5 dicas para você quitar os débitos
Se não for possível quitar o valor completo da dívida, existem outras modalidades no mercado com juros menores e que podem ser usadas para organizar as finanças e sair da bola de neve de como funciona o cheque especial.
Dessa forma, é possível trocar suas dívidas caras por uma mais barata, com um prazo maior, que te ajuda a planejar melhor os pagamentos das parcelas. Faça uma simulação e compare as taxas de juros entre diferentes modalidades de empréstimo e o cheque especial:
Na contratação do empréstimo na Creditas, por exemplo, as dívidas que você tem em seu nome já são quitadas e passam a estar unificadas em uma única parcela. Essa é uma solução mais vantajosa, já que as taxas de juros começam em 1,09% a.m + IPCA para empréstimo com garantia de imóvel e 0,99% ao mês para empréstimo com garantia de veículo.
Caso não tenha um bem, como um carro ou um imóvel, outra opção é recorrer a modalidades como o empréstimo consignado, que também possui taxas baixas, pela garantia estar atrelada ao salário, incluindo juros a partir de 0,99% ao mês e parcelas menores, que não comprometem seu orçamento.
O modo como funciona o cheque especial torna esta modalidade muito lucrativa para os bancos. Por isso, eles oferecem uma série de facilidades para o cliente optar pelo crédito emergencial.
Se não quiser cair nessa armadilha, a dica é pedir ao banco para reduzir o limite do seu cheque especial ou simplesmente cancelar o serviço. Assim, você se livra de uma vez por todas do risco de ter a conta e o nome negativados por esse tipo de crédito.
Por último, e não menos importante, vale dizer que a melhor forma de se livrar do endividamento é ter maior controle sobre suas finanças pessoais. Por isso, é fundamental avaliar seus rendimentos e despesas a fim de identificar onde é possível economizar e evitar gastos desnecessários até que o orçamento fique controlado.
Leia também: Planilha de controle de gastos: download gratuito
Algumas dúvidas sobre cheque especial são comuns. Separamos as mais recorrentes para ajudar você a entender, de uma vez por todas e de forma objetiva, tudo sobre ele. Confira.
Você pode sacar esse valor com seu cartão de débito ou então mandar para outra instituição via transferência bancária. É importante reforçar que após fazer essa retirada sua conta fica negativa e os juros começam a contar até a data do pagamento.
A resposta para essa pergunta depende do banco que ofereceu o crédito, já que essas instituições oferecem condições diferenciadas para o uso dessa linha de crédito. Por exemplo, algumas instituições disponibilizam um prazo de até 10 dias sem juros para pagar o cheque especial, mas nem todas têm o mesmo prazo de pagamento.
A melhor forma de encontrar essa resposta é analisando seu contrato ou entrando em contato diretamente com o banco.
Se você entendeu como funciona o cheque especial, percebeu que seu crédito é caro devido à natureza da modalidade, já que ela não exige garantias de pagamento ao banco e está à disposição para o uso do cliente a qualquer momento.
Em 2018, foram implementadas algumas alterações nas regras sobre como funciona o cheque especial, principalmente para evitar cobranças de forma automática e confusão para o cliente.
As medidas têm o objetivo de fazer com que as pessoas usem essa linha de crédito de forma mais consciente, tendo noção de que estão tomando essa modalidade de crédito e não estão utilizando um dinheiro realmente disponível em seu orçamento.
Entenda as principais mudanças:
Assim como qualquer empréstimo ou financiamento, o não pagamento desse tipo de crédito pode trazer muitas consequências, como o cadastro do correntista em órgãos de proteção ao crédito, deixar o nome sujo e impedir o acesso a novas linhas de crédito. Isso sem falar na taxa elevada de juros, que correm diariamente e podem virar uma bola de neve.
Leia também: Como sair das dívidas rapidamente: confira 20 dicas práticas
Você já deve ter ouvido falar que uma dívida pode deixar de existir após cinco anos, mas não funciona exatamente assim. De acordo com o CDC (Código de Defesa do Consumidor), quando o cliente é registrado no cadastro de inadimplentes do SPC e Serasa, ele deve ter o nome limpo automaticamente após cinco anos.
No entanto, embora o CPF fique regularizado, a dívida não deixa de existir e as cobranças podem continuar acontecendo. Além disso, a dívida permanece no histórico do consumidor, o que pode impactar o seu poder de compra e acesso ao crédito por longos anos.
E então, conseguiu tirar suas dúvidas sobre como funciona o cheque especial? Quer continuar aprendendo sobre como ter uma boa relação com o seu dinheiro? Inscreva-se na newsletter do Exponencial para receber nossas dicas e informações por e-mail.
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