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Apesar de medidas do governo para minimizar os efeitos negativos da pandemia para a economia, varejistas e empreendedores reclamam da dificuldade para obter empréstimos. Descubra os impactos para o empreendedor
por Elaine Ortiz
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Além do aumento exponencial de infectados e mortos pelo coronavírus no Brasil, a pandemia do Covid-19 já apresenta efeitos negativos para o caixa de muitas grandes e pequenas empresas. Com o isolamento social, ocorreram mudanças nos hábitos de consumo da população e alguns setores sentiram fortemente os impactos deste comportamento. Muitas empresas já precisam recorrer a empréstimos para conseguirem arcar com suas despesas. O problema é que, mesmo com as ações do governo, conseguir crédito neste momento de crise não está mais fácil.
De acordo com entidades representantes do varejo, empresas de todos os tamanhos e setores estão enfrentando dificuldades para tomar empréstimos junto aos bancos. A reclamação é de que os juros estão sendo elevados até mesmo em casos de empréstimos que estavam perto de serem aprovados pelos bancos antes da crise.
Além disso, a prorrogação de prazos de pagamentos de parcelas que havia sido prometida pelos bancos brasileiros também não estaria sendo cumprida. Em alguns casos, o adiamento é condicionado a um aumento nas taxas de juros do empréstimo. A reclamação também passa pela maior exigência dos bancos de garantias para fornecer crédito, o que restringe ainda mais o acesso a esses empréstimos.
Por este motivo, a Associação Nacional de Shoppings Centers (Abrasce), o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e a Associação Brasileira de Franchising (ABF) enviaram uma carta ao Ministério da Economia e ao Banco Central para reclamar da situação.
“Solicitamos atenção a despeito das medidas de injetar liquidez no sistema financeiro nacional, pois observa-se o aumento expressivo das taxas, com médias superiores a 50% e, alguns casos superiores a 70%, em operações habituais do varejo. Entendemos que num momento de crise, as medidas adotadas pelo Banco Central devam caminhar juntas com as instituições financeiras”, diz o documento.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que as queixas das empresas são referentes a aumentos pontuais, e não refletem uma elevação generalizada nos juros.
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Neste cenário, apesar das medidas do Banco Central, como o pacote para aumentar a liquidez da economia brasileira em até R$ 1,2 trilhão, incluindo a redução da taxa de depósitos compulsórios de 25% para 17%, o que deve liberar R$ 68 bilhões para os bancos emprestarem, muitas empresas estão correndo o risco de fecharem seus negócios. Isso inicia uma onda negativa para a economia, pois a consequência primeira da falência das empresas é o aumento do desemprego.
"O Governo Federal já apresentou várias medidas visando minimizar os impactos trabalhistas e tributários nesse período de dificuldade, contudo, muitas empresas não possuem dinheiro em caixa e vão precisar de recursos para manter as portas abertas e ter fluxo de caixa”, diz o diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos. “Mas, a tomada de crédito deve ser alvo de uma análise prévia e de muito cuidado".
O especialista reforça que antes da tomada de crédito é preciso que a empresa faça uma avaliação sobre qual valor terá que solicitar para os próximos meses e também lembrar que deverá ter no futuro recursos para arcar com esses compromissos. Outro ponto fundamental é buscar linhas de créditos que ofereçam as melhores condições de pagamentos e menores taxas de juros.
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Além das medidas e ações do governo junto ao Banco Central e das orientações dos especialistas de negociar empréstimos e fazer novos acordos em contratos de empréstimos que já estão em andamento, existem algumas linhas de crédito que podem ajudar o empreendedor neste momento de crise.
Algumas opções para as empresas são oferecidas pelo programa Desenvolve São Paulo e também pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Social. O crédito para folha de pagamento de MPMEs é uma delas. A linha do BNDES oferece financiamento de até dois salários mínimos por empregado, por dois meses. Trata-se de um crédito emergencial para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, exclusivamente para pagamento da folha de salários de funcionários, com taxa de juros é de 3,75% ao ano.
Além dessas opções, outras instituições financeiras, como fintechs, também oferecem empréstimos para os empreendedores que precisam de apoio para a manutenção de suas empresas. Não deixe de pesquisar.
Uma das principais orientações dos especialistas é evitar ao máximo recorrer a linhas de crédito como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Essa é uma orientação que, no Brasil, é válida mesmo antes da crise do coronavírus. No entanto, neste início de ano, de acordo com o Banco Central, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito saltou de 155% para 193,97% ao ano entre janeiro e março. Em empréstimos para capital de giro, os juros chegaram a subir de 48,9% para 55,5% ao ano.
Outra importante ação anunciada pelo governo essa semana é o Auxílio Emergencial, um benefício para trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados que será pago por três meses, para até duas pessoas por família. O valor começará a ser depositado entre 09 e 14 de abril. Quem tem direito de receber o benefício de 600 reais mensais durante o período da crise deve fazer a inscrição no site da Caixa ou no aplicativo.
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Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
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