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Confira quais os impactos nos investimentos com a queda da taxa básica de juros e as melhores estratégias para o pequeno investidor
por Elaine Ortiz
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
RESUMO DA NOTÍCIA
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Pela quinta vez consecutiva, desde julho do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pelo corte da taxa básica de juros, a Selic, de 4,50% para 4,25% ao ano. A nova taxa de juros alerta os investidores a revisarem suas estratégias de investimentos e avaliarem onde é melhor colocar o dinheiro, já que a rentabilidade em renda fixa ficou comprometida, praticamente perdendo para a inflação.
Para o educador financeiro da Messem Investimentos, Leandro Benincá, o momento pede uma reavaliação dos investimentos, mas com tranquilidade. “Não é porque a Selic está a 4,25% ao ano que as pessoas têm que fugir dos investimentos de renda fixa, não é necessariamente isso. É hora, sim, do investidor se expor um pouco mais em renda variável e não esquecer que nunca é hora de ficar concentrado em um investimento só”, diz. “Mas não precisa sair desesperado trocando tudo o que você tem de investimento, nem com a Selic a 4,25%, nem com a Selic a 40%”.
Benincá explica que utilizar investimento de renda fixa como proteção para a carteira é uma estratégia necessária. Funciona como reserva de emergência e é segura por ser atrelada à Selic. “Não tem jeito, você vai ter que ter um tesouro Selic, um CDB de liquidez ou um pouco de inflação. Onde mais você vai deixar uma reserva de emergência? Em ações, em fundos imobiliários? Não tem como”, explica.
“Mas aquela parte da sua carteira que você estava acostumado a ganhar dinheiro com ela, a que tem a rentabilidade como objetivo e não a proteção, essa parte sim você precisa migrar para renda variável”, orienta.
Segundo o especialista, fundos de ações, fundos multimercados, comprar ações de empresas, ETFs, fundos imobiliários vão entregar uma rentabilidade melhor agora do que a que as pessoas estavam acostumadas quando a Selic batia a casa dos 14%, 10% ao ano.
A Selic começou cair há dois anos, quando a taxa era de 14,25% ao ano. A previsão dos economistas é que este seja o último corte deste ciclo de redução e que a taxa de 4,25% balize as operações financeiras neste ano. "A Selic depende de mercado e mercado flutua por um imenso número de fatores", diz Benincá. "As pessoas precisam entender que isso não é o 100% fundamental para seus investimentos, que o mais importante é a mentalidade de guardar dinheiro e pensar nele no futuro, a Selic estando alta ou baixa você terá que ter uma parte em renda fixa, então não importa".
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A orientação dos especialistas é tirar o foco dos títulos públicos e partir para títulos privados, menos seguros que os títulos do governo, mas que, normalmente, pagam mais juros. O importante é ficar atento a reputação das empresas, à liquidez e aos prazos para o resgate do dinheiro.
Aumentar o prazo dos títulos também é uma forma de conseguir juros um pouco mais atrativos, mas o risco também aumenta já que se fixar numa taxa mais longa no momento e a Selic voltar a subir, possivelmente você terá um investimento menos rentável que os que podem surgir no futuro
CDBs que paguem acima de 105% do CDI ou LCI e LCA (isentos de imposto de renda) que remunerem pelo menos 85% do CDI, são as melhores opções.
“Se você buscar 100% do CDI, que dá igual a 100% da Selic, você vai estar levemente acima da inflação. Então o que dá 100% do CDI? O tesouro Selic, os CDBs a 100% do CDI ou um pouco mais, 102, 105, 110%, os fundos que buscam isso ou tem com benchmark o CDI”, orienta Benincá. “Mas, lógico, tem que prestar atenção nas taxas. Não adianta nada um fundo que come sua rentabilidade antes de começar e depois tenta correr atrás. Fundo de renda fixa tem que ser com taxa baixa”.
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Segundo Benincá, o que não dá mais para fazer é investir em fundos de renda fixa que rendem 70, 75, 80% do CDI ou a própria poupança, que rende 70% da Selic. “Isso vai ficar realmente quase 1% ao ano abaixo da inflação IPCA, a inflação medida”.
Portanto, é fundamental evitar investimentos que tenham rendimento muito próximo ou abaixo da Selic. “Rendimento de Selic é aquela parte da sua carteira que é para reservar, proteger sua carteira em caso de flutuação muito grande do mercado, não é nada mais do que isso. Fora isso, investimento para longo prazo, fuja das rendas fixas baratas”, diz Benincá.
A Bolsa de Valores terminou 2019 com recorde de investimento de pessoas físicas: 1,5 milhão investiram em ações. Se o comportamento do brasileiro já estava favorável a confiar na compra de ações, agora, com a Selic a 4,25% essa tendência ganha ainda mais força.
Para quem quer começar a investir em ações, os economistas recomendam as ETFs, fundos de índice negociados em bolsa, por possuírem custo baixo e muita liquidez.
“Investir na geração de valor é uma mudança de mentalidade muito grande”, diz Benincá. “Quando você compra ação de uma empresa você tem que ter na cabeça que você está investindo em uma empresa, não em uma ação. Isso te leva a ter cabeça de sócio”, explica. “O maior problema dos investidores da bolsa é a expectativa exagerada, é entrar na euforia e sair no pânico, desalinhar as expectativas”.
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