Isenção do IR: quem está isento e quanto posso ganhar a mais?

O que muda com a nova isenção do IR?

A principal alteração é o aumento da faixa de isenção para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil reais. Rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 passarão a ter um desconto progressivo, reduzindo o imposto a pagar.

O texto também cria uma alíquota mínima de até 10% sobre rendas superiores a R$ 600 mil por ano, o equivalente a cinquenta mil reais mensais. A medida busca equilibrar a arrecadação, compensando a desoneração dos contribuintes de menor renda.

Além disso, permanecem isentos investimentos ligados ao mercado imobiliário e ao agronegócio, como letras de crédito (LCI e LCA) e fundos do setor.

Quem fica isento do IR em 2026?

A expectativa é que cerca de 15 milhões de contribuintes passem a pagar menos imposto ou fiquem totalmente isentos. Já quem recebe acima de R$ 600 mil por ano passará a contribuir mais, de acordo com a nova faixa de tributação sobre altas rendas.

Contribuintes com rendimentos mensais entre R$ 7.350 e R$ 50 mil continuarão pagando o imposto conforme a tabela progressiva atual, com alíquotas que variam de 7,5% a 27,5%.

A ampliação da isenção integra o pacote de medidas econômicas do governo federal para 2026. Segundo o Ministério da Fazenda, o impacto fiscal será neutro, pois a desoneração será compensada pelo aumento da tributação sobre altas rendas e investimentos financeiros de maior valor.

Quando a isenção passa a valer?

Com a aprovação no Senado, o texto segue para sanção presidencial.

Se o processo for concluído até o fim de 2025, as novas faixas deverão valer a partir de janeiro de 2026, impactando a declaração do Imposto de Renda feita em 2027.

Quanto os trabalhadores vão economizar por ano?

O aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda deve ampliar a renda disponível de milhões de brasileiros a partir de 2026.

Segundo estimativas do governo e de consultorias tributárias:

• Quem ganha até R$ 5 mil por mês deixará de pagar cerca de R$ 312,89 em imposto mensal, o que representa uma economia de R$ 4.356,89 por ano, considerando o décimo terceiro salário.
• Quem recebe R$ 6 mil mensais terá redução média de R$ 180 por mês.
• Trabalhadores com renda de R$ 7 mil por mês devem economizar cerca de R$ 46,60 mensais, o equivalente a R$ 605,87 ao ano.

A economia diminui à medida que a renda se aproxima de R$ 7.350, faixa em que o benefício é completamente zerado.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a mudança deve beneficiar até 15 milhões de contribuintes, entre isentos e parcialmente desonerados, além de estimular o consumo nas faixas de menor renda.

Veja quanto você pode economizar com a nova isenção do IR

(valores em reais e percentual de ganho sobre o salário mensal)

*Considera 13 meses (incluindo 13º salário). **Percentual de ganho em 13 meses em relação ao salário mensal.
Fonte: Confirp Contabilidade.

Tire suas dúvidas

Quem está isento do Imposto de Renda?

A partir de 2026, ficam isentos os contribuintes com renda bruta mensal até R$ 5.000. Regras específicas de isenção já existentes (como algumas rendas de investimentos e situações previstas em lei) continuam válidas.

Quando começa a valer a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil?

Depois da sanção presidencial, a regra passa a valer em janeiro de 2026 e aparece na declaração a ser entregue em 2027.

Foi aprovada a isenção de Imposto de Renda até R$ 5.000?

Sim. Câmara e Senado aprovaram por unanimidade o projeto. Falta apenas a sanção presidencial para virar lei.

Quem tem mais de uma fonte de renda pode ser beneficiado?

Sim, desde que a soma dos rendimentos tributáveis no mês não ultrapasse R$ 5.000.

Quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar menos imposto?

Sim. Haverá desconto progressivo nessa faixa, reduzindo o imposto devido. Acima de R$ 7.350, nada muda em relação à tabela atual.

A isenção vale para salário líquido ou bruto?

Vale para a renda bruta mensal. Quem recebe até R$ 5.000 brutos ficará isento.

O que o governo fará para compensar possíveis perdas de arrecadação?

A Fazenda fala em impacto fiscal neutro; estimativas independentes projetam perda entre R$ 1 bilhão e R$ 4 bilhões ao ano. Tramita um projeto complementar para elevar a tributação sobre bets e fintechs como forma de compensação.