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Pesquisa do Guiabolso revela que a procura por empréstimos de valores menores aumentou em janeiro. Entenda os motivos da escalada e saiba como se proteger do mau endividamento
por Elaine Ortiz
Atualizado em 14 de maio, 2020
As despesas de janeiro, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, são tradicionais, mas, ainda assim, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para lidar com elas todo começo de ano. Pagar a fatura do cartão de crédito também costuma ser um desafio por conta dos gastos com as festas de dezembro. Falta de planejamento é um dos principais motivos para a desorganização e é por isso que a busca por crédito costuma ter um salto nessa época.
Segundo a fintech Guiabolso, aplicativo de gestão financeira e curadoria de produtos, houve um aumento das solicitações de empréstimo pessoal em janeiro, sobretudo para valores menores (entre 500 e 10 500 reais). Nesta faixa de valor, os pedidos cresceram 14,2% entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020.
Ainda de acordo com o levantamento, estes empréstimos de menor valor representavam 74,3% dos pedidos em janeiro de 2019, fatia que subiu para 83,3% neste ano.
Para Ricardo Takeyama, head de crédito do Guiabolso, um conjunto de fatores resultam em um maior endividamento das pessoas no início do ano. “Falta de educação financeira e de planejamento com certeza são fatores muito importantes nesse processo”, diz.
“É necessário considerar a preditividade da renda, ou seja, se, de fato, a renda dessas pessoas está compatível com os gastos que elas têm e isso depende muito da educação financeira. Sem planejamento, principalmente com os gastos do fim de ano e gastos fixos do começo do ano, muitas pessoas encontram problemas para ajustar as contas. Isso explica porque a demanda de crédito passa a ser maior nesse período do ano”.
A pesquisa do Guiabolso revela também que os principais motivos que levaram as pessoas a pedirem empréstimos em janeiro foram refinanciar dívidas (29,9%), pagar o cartão de crédito (18,3%), pagar o cheque especial (12,2%) e investir na empresa (11,1%). Outros itens que também foram listados são educação, comprar carro e tirar férias.
Segundo Takeyama, a maior demanda por empréstimos de menor valor pode ser reflexo também das mudanças nos produtos ofertados pela fintech. “Passamos a atender um público de baixa renda ao reduzirmos a taxa mínima de juros para 2,49% e o valor mínimo do empréstimo de 1 mil para R$ 500, o que fez com que o ticket médio dos empréstimos caísse”, explica. “A demanda por créditos acima disso se manteve no mesmo patamar”.
Segundo pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), aproximadamente 61,3 milhões de brasileiros estão inscritos em cadastros de devedores, cifra que equivale a pouco mais de 39% da população adulta do país. A inadimplência é, portanto, um problema muito grave. Confira dicas para não entrar nessas estatísticas e evitar o mau endividamento.
1. Planejamento, controle e reserva financeira
Gastar menos do que ganha é premissa para manter uma vida financeira mais saudável. “As pessoas tem que ter muita consciência em relação aos gastos x renda que tem. Comprometer mais que 30% do que ele recebe pode ser complicado diante de qualquer eventualidade”, diz Takeyama. “Imprevistos podem comprometer a vida financeira das pessoas, que acabam se endividando, entrando no rotativo do cartão de crédito, utilizando o cheque especial”.
2. Compra consciente e atenção com parcelas
Além de um planejamento financeiro muito bem feito e consciência sobre a importância de constituir uma reserva para qualquer eventualidade, os especialistas indicam que o consumidor avalie muito bem a real necessidade daquele produto antes de efetuar a compra. Segundo pesquisa do SPC Brasil e da CNDL, 83 milhões de brasileiros possuem ao menos uma compra parcelada e 61% dos consumidores admitem ter aproveitado oferta de crédito para fazer compras por impulso. As aquisições mais feitas de forma impulsiva foram as roupas, calçados e acessórios (22%), itens em supermercados (18%), idas a bares e restaurantes (15%) e compras de perfumes e cosméticos (13%).
3. Não utilizar o rotativo nem o cheque especial
O crédito rotativo e o cheque especial são os principais vilões da inadimplência por conta dos juros exorbitantes que praticam e do efeito “bola de neve” que causam frequentemente na vida do consumidor. De acordo com o Banco Central, os juros do cheque especial estão em 165,6% ao ano, acima do limite estabelecido pelo Banco Central, de 151,8% ao ano, ou 8% ao mês. Já o juro médio do rotativo do cartão de crédito bateu a casa dos 316,8% ao ano no mês passado -- em janeiro de 2019, a taxa era de 287,1%. Neste cenário, utilizar essas duas linhas de crédito pode ser um erro capaz de levar as pessoas ao endividamento.
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