Pelo segundo ano, o LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, realizou o ranking das startups mais desejadas para se trabalhar no Brasil. A lista LinkedIn Top Startups 2019, divulgada hoje, é composta por 25 nomes de jovens empresas que estão mudando a maneira como os profissionais trabalham e vivem.
Assim como no primeiro ano, as fintechs, empresas que oferecem inovações na área de serviços financeiros, roubaram a cena e lideraram o ranking. Entre as 25 organizações citadas, nove atuam nesse setor. A primeira posição é ocupada, pelo segundo ano consecutivo, pelo banco digital Nubank, seguido pelo recém-lançado C6 Bank.
As fintechs aparecem em mais sete lugares, com o também banco digital Neon (4º lugar); a Creditas, de empréstimo com garantia (10º); a Warren Brasil, de investimentos (11º); a startup KOIN, que permite parcelamentos no boleto (15º); a Zoop (20º), de meios de pagamento; a Contabilizei, companhia de contabilidade online; e a Atlas Quantum, plataforma de negociação de bitcoins.
O ranking avalia as startups com base em quatro pilares na rede social: crescimento do número de funcionários, engajamento, interesse em empregos e atração de talentos. Para ser elegível, a empresa deve ainda ser independente, pertencer à iniciativa privada, ter 50 funcionários ou mais, ter no máximo sete anos de idade e ter sede no país.
Mais do que a presença na 2ª edição da lista LinkedIn Top Startups, esses empreendimentos têm outros pontos em comum: todos apresentam grande potencial de crescimento e causam disrupção nos setores em que atuam.
A exemplo disso, a Creditas, especialista na oferta de empréstimo com garantia, iniciou o mês atingindo a marca de 1 000 funcionários, apresenta números impressionantes e tem metas ousadas. Com a proposta de reduzir as taxas de juros do mercado de crédito, no ano passado, a empresa cresceu cinco vezes e espera triplicar as receitas em 2019.
Mas, para manter esse desempenho, não basta contar com uma liderança ambiciosa e visão de negócio assertiva - embora essas questões sejam cruciais para a prosperidade de uma startup. Outro desafio importante para a manutenção de bons resultados é formar - e manter - equipes talentosas e engajadas.
“Premiações e rankings são interessantes para essas empresas jovens pois permitem que elas ganhem visibilidade, especialmente diante de perfis profissionais específicos”, comenta Robson Santos, especialista em gestão estratégica de pessoas. “No caso do LinkedIn Top Startups, é ainda mais legal, já que a lista é elaborada por uma referência no assunto”, acrescenta o especialista.
Além da forte presença da tecnologia nos processos, as startups diferenciam-se das empresas tradicionais graças ao seu modelo de gestão inovador, que atrai profissionais que não se identificam com práticas antigas e têm prioridades diferentes.
Esse tipo de cultura vai ao encontro, por exemplo, do que os profissionais da geração Z - que reúne os nascidos entre 1995 e 2010 - procuram. Isso porque, para os jovens dessa faixa etária, no mercado de trabalho, há questões que valem mais do que o retorno financeiro.
No final de julho, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgaram um estudo que ouviu jovens com idades entre 18 e 24 anos, e o resultado chamou a atenção. Para esse público, trabalhar com o que gosta (42%), equilibrar trabalho e vida pessoal (39%) e ser reconhecido pelo que faz (32%) são fatores mais importantes do que ter um bom salário (31%).
Para Robson Santos, esse movimento representa uma oportunidade de melhorias nas relações de trabalho. “O RH sempre trabalhou implantando burocracias, e o modelo de startup chegou justamente para bater de frente com isso”, declara o especialista. “Hoje, além de um plano de carreira, o funcionário valoriza ter qualidade de vida na empresa, e contar com flexibilidade de horários, ambientes descontraídos e melhores oportunidades de desenvolver conhecimento é uma revolução nas startups”, comenta.
Apesar do destaque para as fintechs, a lista deste ano traz uma diversificação nos segmentos, o que mostra que as startups vivem um bom momento no Brasil. No ranking, também apareceram empresas dos setores de mobilidade urbana, investimentos e alimentícios.
Confira, a seguir, as 10 empresas que mais se destacaram no Brasil:
Ramo de atuação: serviços financeiros
Ano de fundação: 2013
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 2040
Ramo de atuação: bancos
Ano de fundação: 2018
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 565
Ramo de atuação: tecnologia da informação e serviços
Ano de fundação: 2018
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 300
Ramo de atuação: serviços financeiros
Ano de fundação: 2016
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 434
Ramo de atuação: internet
Ano de fundação: 2012
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 1200
Ramo de atuação: internet
Ano de fundação: 2013
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 780
Ramo de atuação: internet
Ano de fundação: 2019
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 1570
Ramo de atuação: setor mobiliário
Ano de fundação: 2017
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 110
Ramo de atuação: tecnologia da informação e serviços
Ano de fundação: 2015
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 100
Ramo de atuação: serviços financeiros
Ano de fundação: 2012
Sede: São Paulo
Número de funcionários no Brasil: 1000
Escrito por Flávia Marques
Repórter do Portal Exponencial, jornalista e curiosa. Gosta de observar, absorver e, diariamente, dividir o que aprende escrevendo.Comentários [0]
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