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Coordenador na área de cultura da Creditas e bacharel em economia.

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Otávio Engler

Especialistas contam como ter uma relação sustentável com as finanças

Finanças Sustentáveis

Em seu primeiro texto para a coluna no Exponencial, Veridiana Lopes conta os principais métodos para alcançar a tão sonhada vida financeira próspera e equilibrada.

O primeiro passo para uma vida financeira mais próspera e saudável

Quem nunca se deparou com o impasse entre conquistar a realização pessoal e profissional, que atire a primeira pedra. Mas, a realidade é que todos os dias, as pessoas estão tão imersas na correria do cotidiano que nem percebem o real significado do que estão fazendo e muito menos o porquê de estarem fazendo.

A boa notícia é que esse cenário está mudando. Mais do que ganhar dinheiro e construir uma carreira, viver com propósito é uma das grandes marcas da geração que representa a maior força de trabalho atual: os millennials. E tudo indica que gerações mais novas estão seguindo os mesmos passos.

É o que mostra uma pesquisa recente realizada pela consultoria de recrutamento Catho. De acordo com o estudo, 92% dos profissionais entrevistados vislumbram um novo emprego ainda neste ano. Os principais  motivos para o interesse na mudança é melhorar a qualidade de vida, oportunidades de crescimento, melhor remuneração e conexão com o propósito de vida.

A cada dia, mais e mais pessoas sentem que precisam daquele “algo a mais” para se sentirem realizadas na área profissional, o que acaba refletindo, também, na vida pessoal. Nesse sentido, o que seria esse “algo a mais”? Do que essas pessoas precisam para se sentirem realizadas?
<h2>Uma razão de ser e fazer, além do dinheiro</h2>
Ainda existe aquela velha premissa de que é impossível unir satisfação profissional e pessoal. No entanto, o que deveria ser considerado não é apenas o que a pessoa sente em relação ao que ela faz?

Trabalhar por um propósito vai muito além de encontrar um trabalho que ofereça benefícios e uma remuneração satisfatória. É preciso sentir que o seu trabalho faz a diferença e encará-lo como algo grandioso e de valor, não somente para a empresa. É uma oportunidade de fazer mais pelo próximo e até pelo mundo, de transformar processos, pessoas e ambientes. É trabalhar por um algo muito maior que apenas pagar boletos e sobreviver.

O mesmo vale para quem emprega. Se há bem pouco tempo o foco das organizações era exclusivamente o lucro. Agora, a preocupação vai além. Quem deseja se manter competitivo no mercado deve buscar gerar valor para seus colaboradores e para a sociedade de modo geral. Isso porque, enxergar um propósito por trás do negócio em que você trabalha e o impacto positivo na vida de outras pessoas também conta para a realização profissional e, consequentemente, para a produtividade e sucesso do negócio.

Uma pesquisa recente publicada na revista Harvard Business Review revelou que empresas com um propósito maior que conquistar lucratividade tiveram seis vezes mais retornos para seus acionistas do que aquelas focadas exclusivamente no lucro.

Enquanto uns acreditam que o trabalho é um mal necessário, outros o enxergam como algo que dignifica a alma. E você, o que te impulsiona a acordar todas as manhãs? Até quando vamos contar os minutos para o expediente acabar e para o próximo feriado ou fim de semana chegar?

O poder do propósito no trabalho: é possível viver sem ele?

Engana-se quem acredita que a temperatura mínima de menos seis graus que atinge a região de Davos, famoso ponto de ski na Suíça, poderá esfriar os ânimos dos principais líderes e ativistas globais que lá estão para o Fórum Econômico Mundial 2020.

Desde a terça-feira 21, nomes como Donald Trump e  Greta Thunberg são ouvidos por toda a comunidade econômica mundial, que discutem e reforçam a importância desse evento que trata os principais tópicos do globo - e que alcança sua 50º edição.

E quando falo que nem o frio deterá discussões acaloradas, não é em vão. A comunidade internacional como um todo assiste desde o ano passado (ou, até mais) tensões geopolíticas, ambientais e econômicas envolvendo grandes potências econômicas, que têm movimentado os noticiários de todo o mundo e impactado milhares de pessoas. 

De antemão, cito o entrave comercial entre China e os Estados Unidos, que, embora já esteja sendo apaziguado e resolvido, levou as perspectivas de crescimento econômico em 2020 para baixo. Segundo o Banco Mundial, a previsão de avanço do PIB global para o ano é de 2,5% - menos 0,2 pontos percentuais que o previsto anteriormente, justamente pelo entrave comercial entre as potências.

Além disso, o mundo assistiu à Austrália vivenciar um dos piores incêndios, que levou à morte de um bilhão de animais e de dezenas de pessoas. No Brasil, a Amazônia registrou cerca de 30% a mais de queimadas em 2019, quando comparado com o ano anterior, de acordo com informações da organização não governamental World Wide Fund for Nature (WWF).

E o que chama a atenção - e marcando o fórum deste ano - são justamente as discussões sobre as questões climáticas e o “embate” entre Trump e Greta, que tem acalorado os debates. 

Para contextualizar, o Fórum Econômico Mundial fora criado em 1971 pelo economista de origem alemã Klaus Schwab, com objetivo de aproximar e melhorar o diálogo entre líderes europeus e americanos. 

Desde então, o evento passou a ganhar força e notoriedade, fazendo com que os principais líderes do mundo passassem a marcar presença. Mais que isso: o Fórum Econômico Mundial se tornou palco de discussões que vão além da economia por si só: passou-se a discutir todos os problemas contemporâneos do globo, juntamente com a presença de ativistas e Organizações Não Governamentais. 

E a edição comemorativa de 50 anos não poderia ser diferente. Em discurso feito na terça-feira, 21, a ativista Greta foi enfática ao dizer que “nada foi feito pelo clima” e que já há mudança de mentalidade em relação à importância da preservação do meio ambiente. A palestra da ativista sueca de apenas 17 anos foi feita em um painel sobre mudanças climáticas e era muito esperada pela comunidade internacional.

Este é o segundo ano consecutivo que a jovem estudante cobra um posicionamento mais incisivo por parte das autoridades globais em relação à economia de combustíveis fósseis e ao avanço do aquecimento global. 

Com o discurso ecoado mundialmente, Greta reforçou seu apelo às empresas, bancos, instituições e governos para abandonarem a economia voltada ao ramo de  combustíveis fósseis. Ao longo da apresentação, Greta reforçou as conclusões do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas de 2018, que diz que os países só podem liberar outros 420 gigatoneladas de dióxido de carbono para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 graus. Ainda, segundo o estudo, se continuarmos nos níveis atuais, esse valor será emitido em aproximadamente oito anos e meio.

Em resposta, o presidente norte-americano, Donald Trump, rebateu em seu discurso - também realizado na terça-feira, que os Estados Unidos aderiram uma iniciativa para restaurar um trilhão de árvores até 2050. Mas voltou a dizer que "para abraçar as possibilidades do amanhã, é preciso rejeitar os profetas da destruição e suas previsões do apocalipse." Após a fala de Trump, Greta rebateu: "plantar árvores é bom", mas não é o suficiente. A jovem ainda completou dizendo que as nossas emissões de carbono precisam parar se quisermos ficar abaixo da meta estipulada.

Se a 50ª edição do Fórum Econômico Mundial encerrará seus painéis na sexta-feira, 24, a discussão sobre as questões climáticas e posicionamento de líderes globais em relação às suas economias está longe de ter fim. Basta aguardar qual voz terá mais força no final - e como os temas abordados neste ano serão tratados pelas autoridades nos próximos meses. E, claro, como isso poderá impactar em economias emergentes, como a brasileira.

Greta, Trump e o que esperar do Fórum Econômico Mundial 2020

Falamos muito sobre a importância da sustentabilidade para vivermos em harmonia com o meio ambiente, certo? Mas, você sabia que é possível aplicar esse pensamento para o universo das finanças? 

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Em janeiro, os especialistas Otavio Machado e Otávio Engler mostrarão como. Não perca.

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Veridiana Lopes

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