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Em entrevista, Veridiana Lopes, do Economia Diária, explica como organizar as finanças para fazer o benefício render – e valer a pena
por Portal Exponencial
Atualizado em 11 de fevereiro, 2021
Em menos de um mês, o governo federal disponibilizará o saque do FGTS - o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Garantido por lei a quem atua no mercado de trabalho por meio do regime CLT, o FGTS foi criado com o finalidade de proteger o trabalhador demitido sem justa causa. Desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), porém, ele passou a ter um papel ainda mais importante: ajudar a reaquecer a economia e, principalmente, liberar um dinheiro extra aos que andam com dificuldades de manter o orçamento doméstico em dia.
Não à toa o governo de Jair Bolsonaro (PSL) oficializou, no mês de julho, o saque do FGTS em duas modalidades: saque imediato, que será liberado já em setembro; e o saque aniversário, benefício que passará a ser concedido anualmente aos solicitantes.
A estimativa do ministério da Economia é que o saque do FGTS por parte da população movimente cerca de 30 bilhões de reais apenas em 2019, sendo 28 bilhões de reais por meio do FGTS e 12 bilhões de reais pelo PIS. Além disso, prevê-se que 106 milhões de brasileiros serão contemplados com o benefício.
Com a renda extra disponibilizada pelo governo, vem à dúvida: como organizar e planejar, de maneira efetiva, o destino do saque do FGTS?
Principalmente em um país como o Brasil, onde o planejamento financeiro não é o forte de parte da população. Um estudo divulgado neste pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) evidencia o fato. De acordo com a análise, menos de 20% da população pouparam dinheiro no início do ano, por exemplo.
A dificuldade em economizar dinheiro e guardar um montante extra é ainda maior entre os brasileiros de menor renda. Segundo o levantamento, as classes C, D e E, apenas 15% conseguiram guardar ao menos parte de seus salários.
Considerando esse cenário, a especialista em finanças pessoais e fundadora do canal Economia Diária, Veridiana Lopes, reforça a importância da organização financeira em momentos de renda extra, como é o caso do saque do FGTS.
“Planejar as contas não precisa ser exatamente em uma planilha”, diz. “O importante é ter noção do que entra e o que sai. Fazer o controle efetivo”, comenta.
Tendo em mãos a quantia da renda extra, é importante que o beneficiado tenha uma visão clara de como vai utilizar o dinheiro - e o que vai priorizar: dívidas, estudos, o montante destinado a situações de emergências, e etc.
Entre as principais dicas dadas por Veridiana está a de quitar dívidas. Isso porque, ficar inadimplente e com o nome sujo acarreta graves entraves a vida financeira, já que o acesso ao crédito fica reduzido e a pessoa pode ter dificuldade de comprar à prazo. A somatória disso tudo pode virar uma bola de neve e refletir em mais endividamento.
Embora pareça ser um montante pequeno, o valor do FGTS pode - e deve - servir como fonte de solução de problemas. Outro estudo revelado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), indica que 53% dos brasileiros com contas atrasadas têm débitos que não superam 1 000 reais. Ainda, de acordo com a análise, quatro, em cada dez inadimplentes, devem até 500 reais - exatamente o valor disponibilizado pelo governo federal.
Para entender melhor as táticas para planejar o destino do FGTS, conversamos com Veridiana Lopes, do Economia Diária. Confira, a seguir, a entrevista completa:
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